Neste momento sou como um naufrago,
isolado numa pequena ilha tendo com companhia apenas um coqueiro solitário
que lhe dá a polpa e a água doce que precisa para viver,
e que avista ao longe um navio passando.
A dúvida que agora me aflige é igual a do naufrago.
Nadar com todas as forças para o navio ou
ficar em minha zona de conforto a sombra de meu coqueiro
vendo a vida passar na esperança de um dia passar outro barco.
Se saio posso ser apanhada pela maré,
devora por tubarões ou ainda engolida pelas hélices!
E se eu ficar?
Terei meu coqueiro e dias completamente iguais para sempre.
Mas é realmente isso que eu quero?
É claro que ficarei com saudades da minha ilha,
da sombra que era tão agradável e do coqueiro que me nutriu tão bem.
Mas há tantas coisas que quero ver, tanto ainda por fazer.
Decidi.
Vou arriscar. Agora mesmo lanço-me ao mar.
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